Quais são os efeitos do Coronavírus na logística e transporte?

A pandemia da COVID-19, doença transmitida pelo novo coronavírus, tem causado muitas preocupações em todo o mundo. A doença se espalhou rapidamente por todos os continentes e impacta de forma direta a saúde e a economia mundiais.

No Brasil, os reflexos das medidas restritivas determinadas por prefeitos e governadores, dentre elas, o fechamento de parte do comércio, a redução na circulação de pessoas e o trabalho à distância, estão sendo fortemente sentidos pelos mais diferentes setores da economia, em especial pelos setores de logística e transporte de cargas.

O varejo físico tem sofrido duras consequências durante essa pandemia. O número de clientes caiu drasticamente nas lojas de itens não-essenciais que permaneceram abertas, e zerou nas lojas de shoppings, que foram obrigadas a fechar as portas. Estima-se que a queda no fluxo de clientes tenha sido de aproximadamente 43% desde o início da quarentena.

No entanto, o isolamento social acabou gerando um aumento significativo das compras realizadas por internet. Segundo dados da Ebit|Nielsen, o número de novos consumidores no e-commerce de supermercados brasileiros praticamente dobrou após o início da quarentena. Os principais produtos procurados são alimentos, bebidas, medicamentos e produtos de higiene/cuidados pessoais. Os dados mostram que houve um aumento expressivo nas vendas de produtos de giro rápido – itens da cesta básica, por exemplo, cresceram 165%, seguidos por frios, 106%, hortifrutigranjeiros, 93%, carnes, 59%, e padaria 52%.

A maior parte das empresas não estava logisticamente preparada para esse aumento tão acelerado nas vendas. Redes que realizavam a entrega de pedidos feitos pela internet em cerca de 24 horas passaram a ter prazos de entrega de até três semanas. “É difícil para o consumidor programar uma compra de supermercado para daqui a 20 dias”, diz Jorge Faiçal, diretor executivo de varejo do GPA.

Este cenário ilustra uma forte crise no setor de varejo físico, mas, ao mesmo tempo, traz uma oportunidade para que os comerciantes ajustem suas operações para atuação em meios digitais. Quanto mais ágil for a tomada de decisão pela empresa, menores serão os impactos nos resultados operacionais e financeiros. E, somente com um sistema eficiente de gestão de logística, sua empresa conseguirá se adequar rapidamente às mudanças bruscas que estão acontecendo.

 

Transporte de cargas, importação e exportação

A logística de transportes enfrenta os dois extremos da crise: a urgência e alta demanda em segmentos como o alimentício e o de medicamentos e a falta de matéria prima e mão de obra em segmentos como o eletrônico e o automotivo. Com esses novos desafios, as empresas terão que se adequar ao “novo normal” e inovar para que ganhem eficiência no processo logístico.

Bens duráveis e semiduráveis, como eletrônicos, roupas e móveis ainda tendem a ter compras adiadas, de acordo com estimativa da assessoria econômica da Fecomercio/SP. O consumo no curto prazo deve ser prioritariamente de produtos básicos, como alimentos, remédios e produtos de higiene.

Do outro lado do cenário, estão as operações de importação e exportação, que foram afetadas de maneira negativa, visto que o envio e recebimento de mercadorias acabou comprometido em meio à crise da COVID-19. Docas, armazéns e portos chineses estão abarrotados de produtos a serem transportados, mas faltam mão de obra e veículos.

A paralisação da movimentação de cargas nos portos chineses, definida pelo governo do país como medida de contenção ao coronavírus, fez com que algumas companhias sofressem ainda com a falta de contêineres disponíveis para exportação. Parte dos contêineres que foram enviados à China ficaram com cargas paralisadas no país em fevereiro e ainda não retornaram ao Brasil. Em três semanas de paralisação das atividades portuárias, já se registrava uma queda de aproximadamente 96% no movimento de contêineres.

Os desembarques chegaram a cair de 50 mil/dia para 2 mil/dia. Por consequência, operações em todo o mundo sofreram impactos, com reflexos na distribuição local dos produtos importados e um efeito cascata também no Brasil.

De acordo com a definição, a evolução está relacionada a mudanças ocorridas em um longo período de tempo, enquanto a revolução é a mudança abrupta na organização estrutural de uma sociedade, ocorrendo em um período relativamente curto de tempo. Atualmente a COVID-19 trouxe mudanças significativas quanto às relações de compra e venda e às formas de trabalho, transformando a economia.

Crises como a que estamos enfrentando intensificam a importância da gestão eficiente da cadeia de suprimentos, do gerenciamento de transporte e de um bom controle de estoque. A LMX Logística oferece um sistema de gestão de armazém que auxilia na otimização dos processos logísticos, dando a agilidade, liberdade e flexibilidade que sua empresa precisa para atingir a qualidade máxima nos serviços prestados.

 

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